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Capítulo 23 - Touché

por Jessie Bell, em 27.05.11

Quando chegámos de novo à quinta encontrámos Michael e Lauren, que se apresentavam relutantes a separarem-se.


- Michael, temos de ir – começou Parker.


- E se eu ficasse aqui? – Perguntou o seu irmão, desafiando.


- Provavelmente, o pai era forçado a vir cá buscar-te e nunca mais te deixava vir a Houston.


- Sabes que somos maiores de idade?


- Sabes que é o pai que nos paga as propinas? Porque é que estamos a ter esta discussão?! Ficas ou vais?


- Vai. – Ordenou Lauren, com uma voz melancólica.


- Eu volto – prometeu Mike. Lauren assentiu e despediram-se.


Saímos da quintaem silêncio. Porém, quando chegámos a casa, não foi, de facto, o silêncio que imperou.


 - Michael Roger, onde é que andaste? – Perguntou Mr. Halle com um tom severo. Michael continuou a andar, sem responder ao pai.


- Michael, fazes o favor de responder ao teu pai – pediu, com um tom muito mais calmo, o avô.


- Fui ter com a Lauren – respondeu Michael num suspiro.


- Mas que respeito é que tu tens por esta família?


- O mesmo que o pai tem por mim.


- Não sejas malcriado! Sabes perfeitamente que isto não se trata do meu respeito por ti.


- Pois não… só se trata dos meus sentimentos, e dos sentimentos da Lauren. E de todos os outros factores que estão aqui envolvidos e que nem eu ou ela podemos interferir. Como é que o pai não vê isso? Não percebe que eu a amo. Que eu não quero saber da idade dela para nada. Não pensa que eu não tomei isso em consideração, quando começámos a namorar. Já passaram seis anos e você ainda não vê isso! Por isso, recomendo sinceramente, que ou arranje óculos, ou então mude a sua atitude. – E sem dizer mais uma palavra, abandonou a sala.


Parker conduziu-me ao andar de cima. Parámos à frente de uma das portas e ele bateu à porta. Uma voz feminina respondeu do outro lado, ordenando-nos para entrar.


Entrámos e deparei-me com um quarto imensamente cor-de-rosa, onde figurava uma cama de ferro branca, coberta com uma colcha de retalhos cor-de-rosa. A irmã de Parker, Louise, estava no meio do quarto, ao pé de uma pequena máquina de costura branca, que estava pousada numa escrivaninha, igualmente branca, porém, esta estava coberta de esboços, tecidos e outros utensílios.


- Não te volto a passar a tua roupa a ferro, Parker. – Começou a dizer, sem olhar para nós. Parker revirou os olhos e soltou um “Ah ah” enfadonho. Finalmente, Louise olhou para nós e esboçou um sorriso. – O que é que precisam? – Perguntou num tom leviano, concentrando-se de novo naquilo que estava a fazer.


- Importas-te de ficar um pouco com a Dalillah, enquanto eu vou acalmar o Mike.


- O teu irmão é um exagerado do caraças! Mas, sim é claro que ela pode ficar aqui – afirmou voltando a sorrir-me.


- O meu irmão, também é teu irmão, para o que consta.


- Para o que consta… - concordou.


- Importas-te? – Perguntou-me Parker, com um sorriso. Abanei a cabeça, num sinal negativo. Porém, antes de Parker se ir embora, olhou uma vez mais para o meu rosto, estudando-o. – Sabes que mais? Esquece. Adeus Louise – e dito isso, fechou a porta, atrelando-me atrás de si.


Parker levou-me para o seu quarto e começou-me a beijar-me, sem proferir qualquer outra palavra. Os seus braços rodeavam a minha cintura e os meus, o seu pescoço. As suas mãos começaram a levantar-me a camisola, que tinha vestida. Rodeia minha cabeça, para que os meus lábios se descolassem dos dele, ficando a minha boca colada à sua orelha.


- Nem penses – murmurei. No entanto, Parker continuou, não prestando atenção ao meu comentário e atirando-me para cima da sua cama. – Parker, nem penses nisso! – disse tentando-me afastar do seu corpo.


- Já pensei – disse, continuando a beijar-me.


- Então despensa! – exclamei e depois virei-me, colocando-me de joelhos.


- Acho que não consigo – disse com um tom de surpresa, voltando a beijar-me.


- A tua família está no andar de baixo e a tua irmã está no quarto ao lado.


- És tão desmancha-prazeres – suspirou, enquanto me libertava.


- E tu consegues sempre ser tão inconveniente! Porque é que não foste falar com o teu irmão? – Acabei por perguntar,


- Porque estava farto dos seus melodramas. O meu trabalho não é fazer de seu baby-sitter. 


- Então, onde é que eu vou dormir? – Perguntei, após ter olhado para a janela e ter constatado que já era noite.


- No quarto de hóspedes. – Levantei uma sobrancelha e, gentilmente, com um único dedo, Parker baixou-a, dando-me, em seguida, uma beijo suave na testa.


- Desculpa – sussurrou. – Eu disse-te que a minha família não funciona bem.


- E eu disse-te que não me importava.


- Pois disseste – disse com um tom de compaixão.


- Achas que te estou a mentir?


- Acho.


Revirei os olhos, num sinal de protesto.


- Porque é que tens sempre de ser assim tão teimoso?


- Que tipo de relação é que teríamos se não o fosse?


- Uma normal!


- Eu não me dou bem com “normal”.´


- Estás a insinuar que eu não sou “normal”, Parker Halle?


- Porque é que tens de ser sempre tão complicada?


- Que tipo de relação é que teríamos se não o fosse?


- Touché! – Exclamou com um piscar de olho.


 


Após o jantar, dirigi-me ao quarto de hóspedes, para poder tomar um duche. ´


O quarto estava mobilado classicamente, tal como o resto da casa. As paredes cobertas com um tom pastel. Era agradável.


Dirigi-me à casa de banho, que condizia com o quarto e entrei na banheira. Tomei banho, serenamente, sem dar pelo tempo passar. Quando saí, embrulhei o cabelo numa toalha e sacudi-o. Quando o comecei a penteá-lo, notei que já não conseguia chegar ao fim. Era urgente. Precisava de cortar o cabelo.


Vesti o pijama enfiei-me na cama, com o meu portátil. Comecei a vaguear pelo meu e-mail, para ver se encontrava notícias de Portugal. Nada de interessante. Por isso, desliguei o computador e enfiei-me debaixo dos lençóis e desliguei a luz.


Virei-me e revirei-me na cama e, apesar do meu corpo estar fatigado, o sono não vinha. Talvez pelo dia stressante. Talvez por ter aceitado casar com uma das pessoas mais importantes da minha vida. Ou então, devia-se a algo muito mais simples: à ausência de Parker. Após vários meses de dormir encostada ao seu corpo quente e perfeitamente esculpido, não estava habituada ao facto de dormir sozinha.  


De repente, a porta do quarto abriu-se. Sobressaltei-me e precipitei-me para acender a luz do pequeno candeeiro, que estava em cima da pequena mesa-de-cabeceira.


- Lillah, acalma-te, sou só eu – disse Parker, quando viu a expressão no meu rosto.


- Assustaste-me. Nunca ouviste falar em “bater à porta”?


- Desculpa, mas tinha esperanças de te encontrar nua.


Revirei os olhos e Parker veio até à grande cama, sentando-se à minha beira. Pegou no meu rosto e beijou-me, acariciando-me a face com as suas mãos.


- Se vieste cá para isso, podes muito bem tirar o cavalinho da chuva, menino perversidade.


- Não eu vim cá… Bem eu vim cá para ficar cá.


Levantei uma sobrancelha.


- Achega-te.


 Dirigi-me para a outra ponta da cama e Parker abriu os lençóis, enfiando-se lá dentro. Desligou a luz e abraçou-me a cintura.


- Obrigada – murmurei, agarrando-me aos braços que me enlaçavam o meu corpo cansado.


- De nada, grá.


Poderia dizer que caí nos braços de Morfeu, porém foi nos de Parker em que adormeci.


 


Eu sei que estou a engonhar, prometo que em breve acontecerá algo.


P.S.: foi por isso que demorei tanto a escrever.

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publicado às 21:42


24 comentários

De Starfloo Malfoy a 28.05.2011 às 15:15

Estão fechadas pois :$ Se quiseres podes encomendar para guardar lugar mas não posso é prometer que esteja pronto mt rapidamente :)
Como tenho 4 testes esta semana so deve estar pronta no Domingo q vem :$ Se for mt tarde posso fazer um esforço para estar pronto pelo menos na quarta mas nao prometo nada ;D

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You told me I was like the dead sea. You never sink when you're with me.

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