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- Começas tu ou eu?
- Eu! – Exclamou com um sorriso maroto.
- Força.
- 1. Como é que se chama o teu ex-namorado?
- Sabes que não é assim que se joga a este jogo, certo?
- É a minha versão do jogo. Eu faço vinte perguntas e tu depois intercalmos.
- Estás a falar a sério?!
- É claro que sim. Começo eu. 1: Data de nascimento?
- VInte e oito de Janeiro de 1991. E o teu?
- Doze de Novembro de 1990.
- Isso foi na semana passada Parker. Porque é que não me avisaste? Porque é que o Mike nãao me disse?
- Lillah… Nós já não celebramos o nosso aniversário há muito tempo… - disse num tom melancólico. E depois o meu cérebro fez um clique e, numa única palavra, resumi toda a situação: Jordan.
- Desculpa, esqueci-me.
- Não há problema, a culpa não é tua.
- É a tua vez – disse num esforço de o distrair. Resultou.
- Não me apetece.
- Parker…
- Ly, por favor.
- Desculpa… A sério. Não me apercebi daquilo que estava a dizer.
- A culpa não é tua! Ok? Mas deixa-me estar um momento.
Passaram-se vários minutos sem uma palavra ser proferida. Comecei a estudar o seu rosto. Tinha os seus olhos fixos na estrada que percorríamos, a boca selada e o maxilar comprimido. Ele estava triste e estava a tentar suprimir essa tristeza. Apetecia-me parar o carro e beijá-lo e livrá-lo da tristeza que estava a sentir.
Encostei a cabeça contra o banco e fechei os olhos. Adormeci.
Quando acordei estávamos a sair de uma estação de serviço. Olhei para Parker e a sua expressão mantinha-se. Apercebeu-se que tinha acordado e fitou-me.
- Olá – disse com um sorriso. “Aleluia, um sorriso!”, pensei.
Parker estendeu a mão e abriu o porta-luvas. Daí retirou uma sandes que me entregou. Desembrulhei-a e comecei a comer.
- Obrigada.
- De nada.
- A que horas chegamos?
- Em princípio chegamos às nove.
Olhei para o relógio no painel do jipe. Eram cinco da manhã.
- Desculpa ter adormecido.
- Não há problema grá.
- Tu não estás com sono? Queres que eu conduza?
- Queres conduzir?
- Quero!
Parker encostou o jipe prateado e trocámos de lugar. Sentei-me ao volante e liguei o carro, que rugia debaixo das minhas mãos. Era uma sensação agradável, já não conduzia há muito.
Ele adormeceu passado vinte minutos. Continuei a conduzir em silêncio até começar a encontrar placas que indicavam o caminho para Houston. Estava confusa com o trajecto. Abanei Parker até ele acordar.
- Não sei o caminho.
- Encosta. Estamos quase a chegar. Eu conduzo o resto do caminho.
Assim o fiz.
Parker conduziu até uma pequena zona de Houston, chamada Jersey Village. Entrámos numa quinta e descobri que o nome “quinta” não era adequado… Aquilo tinha mais ar de herdade. Prados verdejantes à volta de uma enorme casa branca.
Parker parou o jipe à frente da grande casa branca.
- É aqui – anunciou com um tom de voz solene.
- É linda! – Ele sorriu.
Entrámos naquela casa enorme. O seu interior era tão lindo como o exterior. Entrámos numa sala igualmente branca. Estava mobilada com peças clássicas e de bom gosto. Havia um grande piano de cauda que centrava a sala.
- Wow! – Exclamei. Aquela casa parecia ter saído de um filme, era absolutamente estonteante.
Parker, que estava atrás de mim, enroscou a sua cabeça contra a base do meu pescoço e, enrolando-me a cintura com os seus braços, beijou-me o meu pescoço, subindo até encontrar a minha boca.
- Vem, vou-te levar ao meu quarto – disse-me por entre beijos.
Subi-mos as escadas daquela casa de três andares e entrámos num quarto com uma decoração moderna.
- Sê bem-vinda. Podes por favor ficar aqui, enquanto eu vou procurar a minha família.
- Claro!
Vagueei por aquele quarto. As paredes estavam pintadas de branco, à excepção de uma que era vermelha. Havia uma grande cama com uma colcha de cores vivas. Na parede estavam várias fotografias penduradas e, pela primeira vez, vi a cara de Jordan. Não era parecido com os seus irmãos gémeos. Tinha o cabelo castanho como Michael e uns grandes olhos azuis. Tal como os irmãos, era muito atraente.
Havia uma cómoda que se encontrava ao lado da escrivaninha, que era da mesma cor que a cama. Em cima dela estavam pousados inúmeros troféus. Alguns eram de canto, outros de representação, outros de concursos de violino e guitarra. Porém, aqueles que me mais surpreenderam foram os de futebol americano e os diplomas do quadro de honra. Havia um que me interessou especialmente: dizia “ gifted student of the year 2008/2009”. Porque é que ele tinha tudo aquilo na casa dos avós? Estavam lá coisas desde o ano em que nasceu. Havia uma pequena coroa embrulhada numa faixa, na qual líamos “Little Mr. Houston”. Ri-me assim que imaginei Parker a entrar num concurso de beleza, pela data, tinha três anos quando o fez. Toda a sua vida estava representada naqueles troféus e diplomas dispostos pela sua cómoda.
Ouvi alguém bater à porta. Abri-a e Parker entrou.
Estou a pensar começar outro blog com a versão de Parker da história. Eu depois publico aqui o nome se o fizer. Digam-me o que pensam da ideia primeiro. Beijinhos***
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